Não sei a que passos anda o entendimento da população brasileira sobre a construção da Usina de Belo Monte, na Bacia do Rio Xingu em sua parte paraense, por isso vou tentar explicar da melhor forma os principais impactos dessa obra que sustenta debates há mais de 20 anos e até hoje não se chegou a um acordo sobre sua construção; A empresa hoje responsável por esse projeto é a Norte Energia S.A.
Um dos impactos mais marcantes dessa construção é o alagamento de determinadas áreas dos igarapés de Altamira e Ambé , que cortam a cidade de Altamira, hoje essa inundação é sazonal, ou seja, em determinadas épocas do ano, mas com a construção da hidrelétrica ela será constante.Além do mais, com a cheia permanente, as árvores irão resitir por alguns meses, mas depois vão morrer com o afogamento das raízes.Haverá também a alteração do regime do rio sobre os meios bióticos e socioeconômicos, com redução do fluxo de água, inviabilizando a pesca, já que os peixes ficam sem local para a sua desova e reprodução, considerando que alguns peixes sincronizam a desova com a cheia, então a parte que ficará seca, é possível que haja desaparecimento de algumas espécies.
Existem aldeias indígenas nessa porção do rio que dependem exclusivamente do regime desse rio e que com esse obra serão altamente prejudicados, tendo por exemplo, que ir buscar alimentos em outras regiões distantes do rio, quando se pensa que serão mais de 20 etnias afetadas negativamente por essa obra, então é no mínimo arriscado olhando pelo ponto de vista social.
Impactos com este devem no mínimo ser revisto pelo governo, Funai, Ibama e autoridades ligadas ás questões ambientais, já que esses impactos são generalizados, pois mexem na raiz de todo funcionamento do ciclo ecológico da região. Notícias atuais indicam uma liminar criada para o paralisamento imediato das obras pela Norte Energgia